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OS TRABALHADORES DA ÚLTIMA HORA

 

Caros companheiros, o trabalho de arte em que milito já por volta de 26 anos - é orientado por uma equipe de espíritos, amigos espirituais - que direcionam não apenas o grupo ao qual tenho a honra em participar, mas a arte como um todo, já que sua importância não está condicionada a quaisquer grupo, inclusive um em especial por que se trata de um especialista na área do conhecimento, no que se refere à arte espírita.

Este irmão querido me encarregou em determinada época de relacionar arte ao Evangelho Segundo o Espiritismo. Apesar de um certo atrevimento da minha parte, não vou além do citado, porque precisaria de autorização para abordar em público as orientações recebidas.

Não cumpri o trabalho no todo em relação ao E.S.E., mas a partir daí a relaciono às obras espíritas, não me limitando às chamadas "Kardecistas" que eu chamo de O Consolador Prometido ou O Espírito de Verdade.

Em relação ao ítem "Os trabalhadores da última hora", somos conhecedores de que estamos experimentando um final do ciclo e propriamente diria eu, estamos vivendo-o, mas com uma quantidade enorme de reencarnantes ainda presos ao ciclo passado, que podem tanto ser exilados para planetas condizentes com seu estatus moral e espiritual, tanto quanto permanecer na terra, dado a magnanimidade de Nosso Senhor, O Cristo.

Utilizando-me de uma linguagem atualizada, a arte nada mais é do que uma ferramenta de atendimento, de arrebanhamento e cura de espíritos reencarnados ou no plano espiritual, que possam através deste socorro, nestes últimos instantes, possam permanecer na Terra.

A posição que defendo é a de que a espiritualidade tem usado tal ferramenta desde meados do século XX, no plano espiritual principalmente pela Colônia Maria de Nazaré. A origem de tais trabalhados é em atendimento à solicitação de Jesus. Estas informações se encontram na obra "Pescadores de Almas" de Walkiria Kaminsky e é a verdade de muitos corações e inclusive do meu, mesmo meio às contradições e objeções ao que o movimento espírita nos oferece, o mesmo não ocorre com a Doutina Espírita. O próprio Jesus afirmou: a boca fala do que está cheio o coração. Onde está o teu tesouro está o teu coração.

Então dentro do "trabalho da última hora" - somos conclamados a agir em benefício de nós e do outro, porque exercendo o amor seremos nós os maiores beneficiados. Associada à esta passagem podemos nos orientar através da Parabola das Ovelhas e dos Cabritos, citada por Kaminsky.

Defendo os objetivos de cada grupo, não os discuto, mas não posso deixar de defender os meus.

 

A CANDEIA

Malgrado a arte que incumbe à atividade humana na elaboração dessa doutrina, a iniciativa pertence aos Espíritos, mas não está formada pela opinião pessoal de nenhum deles; ela não é, nem pode ser, senão a resultante de seu ensinamento coletivo e concordante. Por essa única condição, pode-se dizer a doutrina dos Espíritos, de outro modo, não teria senão  valor de uma opinião pessoal.

                                                                                                          Allan Kardec - A Gênese

 

Não podemos deixar de pensar na arte como a candeia que deve ser depositada no candeeiro, para que sua luz possa cada vez mais ser disseminada, ainda que distante estejamos de compreendê-la.

Se partirmos do referencial de partida e meta, Deus, compreendemos o quão distante ainda estamos... Isso causa-nos angústia, que é o resultado a verdade do mêdo, de compreendermos  a distância embora esteja ele tão perto e nos seja interior.

Queria lembrar o caso de Camilo Castelo Branco, citado pelo mesmo na obra Memórias de Um Suicida, básico para todo artista espírita, dado as implicâncias e as relacões de influências causadas pelo artista ao espectador. De qualquer forma ele cita em determinado momento as origens de seu sofrimento localizados na história então há cerca de 04 séculos, só depois 04 séculos depois a lei passa a lhe cobrar, ainda assim naquele ponto da história, ela culmina com o seu suicídio no século XVIII. O que aponto aqui é o fato de que "Deus não coloca fardos pesados em ombros frágeis".

Grande é a tua força, a força da arte, a força da musicoterapia. Quantos não te invejam?. Eu próprio, que por injuções e implicações ao planejamento Reencarnatório e por deliberação própria milito na arte espírita sem se manifestar de forma ostensiva em nenhuma das suas manifestações. Se você quiser comer o saco inteiro de feijão, vai ter que se organizar.

Somos qual o acendedor de lampiões, de o "Pequeno Príncipe", fortalecemo-nos na força da fé e da esperança em dias melhores, aprendamos a nos conhecer melhor para compreender a arte na sua relação com a beleza, que não se pode realizar sem a justa aproximação com Deus, esta sim a nossa Desiderata.

Tudo mais nos será acrescentado...

Coloquei como introdução, a parte da gênese em que Kardec se declara artista, quer mais luz do que essa? Ser o centro encarnado do Consolador Prometido?

Temos uma luta para conosco mesmos que é o desenvolvimento das virtudes, sem essas qualquer arte não é senão algo menor. Kardec venceu, desenvolveu as virtudes e em contrapartida era humilde, senão não o teria feito, já que o orgulho é a negação de toda virtude.

Veja só desenvolver, só ocorre com algo que já existe, ainda que em estado de germe... 

Ainda estamos na crista da onda, na periferia dos atos, mui preocupados com a forma, sem enxergar a essência, ali presente em cada ser. Somos promessa, mas estamos presos a alimentos que nunca fizeram sentido, quais filhos pródigos ainda sem nos apercebermos que o Pai nos espera, com uma festa. Nós nos divertimos na lama, com a lama.

Reconheçamos a paternidade do pai e façamos brilhar a luz que há em nós, só assim a arte faz sentido, só assim a candeia em noites escuras...