O AMADURECIMENTO DA NOSSA CONSCIÊNCIA PROFUNDA E A MEDIUNIDADE INTUITIVA
Capítulos IV a VI
O homem é fruto de dois níveis de consciência, um superficial e outro profundo, ou seja, uma consciência superficial notadamente acessível, outra que precisa ser buscada: a consciência profunda. A primeira delas uma elaboração da matéria e com ela morre. A outra latente e profunda é síntese divina, forma o nosso eu verdadeiro. Preexiste ao nascimento e não morre, como a negamos não percebe-mo-la. A consciência superficial nos coloca em contato com o mundo exterior a partir do que percebemos todas as sensações da vida. Todas as experiências vividas na fase exterior são transportadas e gravadas pela nossa consciência profunda. Nada então se perde das nossas dores e lutas e assim crescemos em um processo de expansão contínua tais valores vão se estratificando em torno do nosso eu central.
Ao evoluirmos dilatamos a nossa consciência profunda e gradativamente tornamo-nos conscientes dela. Ao reencontrarmos o nosso eu eterno, fora dos limites do tempo e espaço, teríamos vencido a morte. É a finalidade da evolução e da vida.
Ao tomarmos consciência da realidade profunda do eu, nos colocamos aptos a receber e a perceber as correntes de pensamentos que trafegam nas dimensões do espírito. É participar de forma consciente em um grau mais elevado em comunicação com seres de outras dimensões, participar de uma forma mais alta de mediunidade de natureza inspirativa, fruto das experiências que são vividas de forma ativa e consciente.
Os conceitos obtidos pela consciência superficial estão esgotados, insuficientes, a mente moderna anseia por inovações, as filosofias se tornaram individualistas e as religiões exclusivistas e possessivas. O espírito adormeceu no pelo ceticismo, mas agora encontra-se esgotado, sua fase agora é a de esgotamento. Necessitamos de revelações mais maduras. O egoísmo só produzirá desagregação e divergências.
O tempo de agora é de novas revelações. Estamos amadurecidos pelas dores, carecemos de um novo homem, o da nova civilização do III milênio. Não se trata de destruir as verdades e sim de vesti-las com novas interpretações.
A Grande Síntese conduz-nos a uma viagem do espírito e noz faz compreender o funcionamento do universo. É a viagem da criatura que se volta ao seu Criador, que regressa ao seu princípio, o centro do Universo. A realidade na nossa percepção estava presa aos limites do tempo e do espaço, trata-se de caminhar em sentido contrário rumo ao Absoluto, visão que razão jamais nos permitirá antever.
Trata-se de perceber um princípio único, Deus. A existência de uma só lei que tudo rege. Este é o conceito monista. Do politeísmo passamos ao monoteísmo, porém um conceito antropomórfico e agora passamos ao monismo. Deus é unidade com o ser. O homem não é apenas eterno e membro da humanidade que abraça todos os seres, é uma potência que desempenha seu papel no funcionamento orgânico da Criação do Universo. A jornada proporciona a ele novas formas de comportamento, por que é capaz de perceber os abismos pelos quais trilhou, agora é subir em busca da fonte: Deus. Nosso coração se envolve por uma nova paixão, a evolução, o amor, o combustível que nos move.
Trata-se do nascimento de um novo homem, nova ciência, novo sistema místico nos conduzirá em uma busca além dos sentidos puramente materiais, não nos utilizamos de um instrumento tão somente, somos parte do processo somos o próprio instrumento de pesquisa, devemos nos refinar do ponto de vista moral, e este refinamento nos conduzirá a uma nova ciência que nos conduzirá a um caminho novo, de amor e elevação espiritual, fundamentos de um novo homem.