A NECESSIDADE DE UMA CIÊNCIA PSÍQUICA EM BUSCA DE UMA PERCEPÇÃO MELHOR DA REALIDADE
Capítulos I a III
A ciência do século XX não tornou melhor o homem, não resolveu o problema da dor. O homem anseia por mais, ele quer evoluir. Para tanto é necessário uma ciência psíquica. A Grande Síntese é obra do estudo desta ciência psíquica. O objetivo é a busca de uma verdade maior.
O caminho é o da intuição, único capaz de nos fazer vencer a dor e a morte. O caminho não pode ser apenas o da razão. Não há crítica à ciência e sim constatação de que doutrinas que objetivaram provar a matéria são limitadas à materialidade, não podendo, portanto perceber Deus, chegando mesmo a negar sua existência.
O método é comum a todos é o da intuição e o primeiro passo é não negá-la sistematicamente afirmando que só a razão existe. Se, por um lado a razão pode explicar mesmo que equivocadamente ou limitadamente a matéria, a intuição pode nos fazer ver as necessidades e a satisfação das necessidades da alma. Se o método é comum a todos, os resultados diferem por que o método se aperfeiçoa cada vez mais, a medida em que nos tornamos melhores.
Uma nova compreensão do universo e do homem torna-se uma síntese intuitiva, trata-se da dilatação da visão do espírito para a busca da essência de todas as coisas. Devemos, pois principiar-nos a aceitar a intuição como parte imanente do nosso espírito e cuidarmos do nosso aprimoramento moral.
Ocorre que temos nos guiado pela razão o que significa que baseamo-nos em uma psique de superfície. O nosso eu verdadeiro se encontra em psique mais profunda. O eu exterior morre com a matéria. Vencer a morte seria fundir o eu exterior ao eu interior, despertar o eu interior é o objetivo da vida, através desta evolução o homem retorna para Deus e funde-se a ele.
O estudo da ciência psíquica é o instrumento de pesquisa e nosso maior bem na atualidade, um meio natural de desenvolvimento na evolução. Trata-se buscar caminhos, estradas para a alma, o que não pode ocorrer somente através da matéria. Trata-se de desenvolver - a visão direta.
É necessária a transferência do centro da nossa personalidade - o nosso eu para camadas profundas do nosso espírito. Assim dilataremos a nossa visão intuitiva e poderemos compreender os mistérios da Criação. O primeiro passo é não negar a intuição.
Por que não negar? O homem precisa de provas das verdades espirituais. É da natureza do seu inconsciente a negação, mas seria preciso pelo menos o duvidar. A negação aniquila a capacidade de ver e de sentir. "Pior cego é aquele que não quer ver", diz o jargão popular, e é uma grande verdade, mas podemos complementá-lo - ele jamais verá.
O amadurecimento do nosso eu refinará as nossas percepções espirituais. Na medida em que evoluirmos perceberemos de forma clara as ondas que nos envolvem e nos inspiram. O espírito deve ser a grande descoberta de cada um. É preciso desenvolver a percepção e capacidade para viver, sentir esta nova dimensão. Uma única prova nos encaminhará para a verdade: é a de que não poderemos nunca em hipótese alguma negar o que sentimos.